domingo, 22 de novembro de 2009

A importância de um Tcc

Muitos alunos, ao chegarem próximos da obtenção de seus títulos acadêmicos, e descobrindo ser um Tcc, pré-requisito à obtenção de tal titulação questionam a práticas das universidades e instituições de ensino superior sobre a exigência efetiva da apresentação desse trabalho de conclusão de curso.
Muitas vezes confusos com a normatização e a profundidade da pesquisa a ser realizada, banalizam a elaboração de um Tcc, postulando que se trata meramente de uma norma burocrática.
Entretanto, um Tcc é a máxima expressão da perícia conceitual absorvida durante os longos anos de aprendizado no curso universitário, uma vez que este espera formar profissionais que além de conhecimento específico, possam apresentar autonomia, senso investigativo, flexibilidade, dentre outras qualidades.
O Tcc, nesse sentido suscita que o estudante empregue os saberes assimilados ao longo de seu curso, e ainda mais - aponte uma contribuição efetiva no avanço científico e tecnológico referente ao curso, ou carreira que escolheu.
Desse modo, é pertinente salientar que um Tcc tem extrema importância, por representar um trabalho que explora um assunto único, procurando aprofundar-se no mesmo, e suscitar diretrizes e resoluções para a temática abordada, de forma a contribuir no crescimento e desenvolvimento da nação.
A IMPORTÂNCIA DA INFORMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL



Mara Lucinéia Marques CORRÊA - PG/ FIAMA



No Brasil, a utilização da informática como recurso pedagógico iniciou-se nas universidades,enfatizando a utilização da tecnologia a serviço da educação. Mediante esta realidade, estendeu-se sua utilização as escolas e também os professores sentiram a necessidade de rever os conceitos e posturas adotadas em sua prática pedagógica. A informática trouxe benefícios para o setor educacional. em aspectos construtivistas, houve uma maior interação entre aluno/professor/computador, tornando este recurso um subsídio imprescindível no processo de mediação do conhecimento. Em aspectos tradicionais, percebeu-se a defasagem apresentada diante das situações ocorrentes e constatou-se a necessidade de mudança. O trabalho a ser desenvolvido com alunos das séries iniciais do ensino fundamental sugere o uso da informática como fonte inovadora do processo de aprendizagem, visando um melhor aproveitamento e rendimento das atividades desenvolvidas pelo setor . A proposta inicial do trabalho com a informática nas séries iniciais do ensino fundamental necessita de mudanças relevantes, para a real efetivação do processo de ensino-aprendizagem. A informática tem a função de redimensionar o papel do professor, tornando-o um profissional imbuído na mediação de um conhecimento realmente aplicável aos dias atuais, como também na formação de cidadãos participantes e atuantes de uma sociedade a cada mais competitiva. Portanto, a inclusão digital dos profissionais da educação, assim como a inserção dos alunos nesta realidade torna-se de fundamental importância para que, na medida do possível modifique-se o panorama educacional e conquiste-se as mudanças necessárias, objetivando adquirir conhecimentos realmente aplicáveis e condizentes com a realidade em questão.





Palavras-chave: Informática, Recursos Pedagógicos, Construtivismo.
Momentos de Reflexão - Qual é o melhor tipo de escola para uma criança com Síndrome de Down?
Os pais, com justa razão, muitas vezes não sabem se o melhor é matriculá-los numa escola regular ou especial
Os pais de crianças com síndrome de Down se defrontam com alguns dilemas quando seus filhos atingem a idade de freqüentar a escola. Se questionam se devem ou não colocá-los numa escola e se essa escola deve ser regular ou especial. "A entrada dos filhos na escola, tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental, representam momentos marcantes para seus pais", explica Fernanda Travassos Rodriguez, psicóloga, terapeuta de família e doutoranda em psicologia clínica na PUC do Rio de Janeiro. "Suscita temores ligados a adaptação e proteção", acrescenta.Momeg
Entretanto, é importante lembrar, esses dois momentos são distintos e geram ansiedades especificas. "Porém, sabe-se que quando a inclusão é bem feita, a socialização começa a se dar de maneira muito fluida", conta. Fernanda Travassos lembra que o nosso modelo de educação tem um padrão que não contribui muito para a inclusão. "Mas com freqüência percebemos boas experiências de inclusão em escolas consideradas ‘alternativas’, são as escolas construtivistas, a montessorianas, e outras", explica.
De acordo com a psicóloga, as duas opções apresentam lados positivos e negativos. Ela explica: "Se de um lado a criança portadora da síndrome de Down tem muito a ganhar em termos sócios afetivos permanecendo no ensino regular, na maioria das vezes, estas escolas têm poucas alternativas para oferecer a estes alunos na apreensão dos conteúdos em sala de aula. Em contraste, as escolas especiais que, cada vez mais são escassas, no entanto, foca-se mais no seu aprendizado formal, usando ferramentas adequadas para a sua aprendizagem".
Fernanda Travassos enfatiza que é no ensino fundamental, quando este é desenvolvido numa escola regular, que os problemas se tornam mais evidentes. "É que a partir do ensino fundamental, quando a criança deve apreender muitos novos conteúdos escolares e, na maioria das vezes, as turmas das escolas regulares são grandes, não permitindo que o professor de uma atenção especializada ao aluno".
Diante do exposto, a pergunta que se coloca é: por qual escola então optar?. Fernanda Travessos alerta que não existe uma "receita de bolo" para estes casos. Ela tem razão pois as crianças com síndrome de Down, assim como outra criança qualquer, são muito diferentes entre si, tanto acerca de sua personalidade quanto em relação aos diversos e variados interesses e habilidades. Esses aspectos devem ser considerados pelos pais na hora da fecharem sua decisão.
"Algumas vezes aconselhamos uma mescla destes modelos", diz a psicóloga. Porém, quando os pais não conseguem escolher e sentem um peso muito grande sobre a sua responsabilidade, argumentando de forma legítima que não são especialistas em educação, eles devem buscar um profissional qualificado da área de psicologia ou pedagogia para que os ajude a fazer essa opção de forma coerente com o seu modelo de família e levando em conta a singularidade de seu próprio filho. "Uma experiência exitosa para um amiguinho pode ser desastrosa para o seu próprio filho, visto que cada indivíduo portador ou não de síndrome de Down é única", ressalta Fernanda Travassos.

domingo, 8 de novembro de 2009

Leitura no Primeiro Ano das Séries Iniciais: uma construção de significados

Autor: Luziene Silva de Medeiros
Data: 14/09/2009

Sobre o ato de ler

Sabendo-se da condição humana como ser "aprendente", e, sobretudo das condições impostas ao indivíduo na sociedade contemporânea no que concerne a necessária aquisição de conhecimentos, considera-se extremamente importante refletir sobre o ato de ler e sua importância na perspectiva de melhoria do indivíduo.

É, portanto seguindo a trilha dos argumentos de Paulo Freire, que enfatizaremos a natureza e desenvolvimento do processo de leitura, sobre o desenvolvimento da mesma no contexto social e por conseguinte no escolar considerando-a como uma construção de significados, todos a fim de compilar subsídios que fundamentam a sua essencialidade,especificadamente nas séries iniciais, no tocante ao seu primeiro ano.

A prioridade reconhecida e concebida ao termo educação e em especial ao entendimento de escrita e leitura aponta hoje para o conjunto da sociedade brasileira, que o ensino e a aprendizagem para com as crianças, estão inseridos num processo mais amplo e com novos significados. Os currículos deverão nesse prisma priorizar um ensino que contemple a formação integral já nos anos iniciais, tendo em vista que algumas inteligências se desenvolvem nessa fase da vida e, portanto quando estimuladas à tempo, os resultados serão maiores e melhores.

O ensino nos anos iniciais deverá ser dado em instituições como as escolas, através das primeiras noções de mundo, contribuindo assim o desenvolvimento da criança. É fundamental, portanto compreender que esse espaço, a escola, deverá envolver ações pedagógicas adequadas a esta faixa etária levando em consideração que o desenvolvimento infantil se dá através de interações lúdicas, prazerosas. Aliás, diria que o caráter lúdico deve estar presente em todas as ações educativas.

Paulo Freire em seus escritos afirma que a formação do indivíduo deve ser uma formação ampla, integral e integrada. Integral quando visa atender as demandas da complexidade humana. Isto é o ser humano, em seu espaço deve primar por seu desenvolvimento sob vários aspectos, intelectual, econômico, político,social.

E, nesse sentido, a escola desde o início deve procurar contemplar tais perspectivas. Assim o ato de ler deverá ser dado por meio naturalmente de suas implementações didático-pedagógicas cotidianas. Integrada porque sendo o educando um ser social, que não está no mundo e sim com o mundo, é preciso ressaltar para a importância de suas relações pessoais, interpessoais, inter-ambientais, enfim.

Como o próprio título dessa seção aponta, o ato de ler, se dá a partir de um todo indivisível e como tal precisa ser considerado em sua totalidade e não por compartilhamentos, por frações que, dissociadas perdem o significado, o sentido.

Portanto ler passa a ter o sentido maior, não o simples decifrar das letras, mas sim o seu entendimento, o seu vínculo com tudo que nos cerca.

Lamentavelmente, a tradição do sistema de ensino brasileiro sempre priorizou o aspecto cognitivo do aluno. A grande preocupação das escolas centra-se até os dias atuais apenas com o desenvolvimento das competências cognitivas, ou seja, com as potencialidades de assimilar, reter e transmitir informações, isoladas das demais áreas, quando deveria ser contrária essa preocupação como nos adverte Cardoso (1995) em seu livro A canção da Inteireza: uma visão holística da educação. Segundo Cardoso (1995, p.50): Corpo, intelecto, sentimento e espírito constituem as várias dimensões da totalidade indivisível humana. Nenhum desses aspectos pode ser priorizado no desenvolvimento individual pleno, uma vez que eles se influenciam naturalmente.

De fato, essa fragmentação dá-se claramente no ambiente escolar, porém no dia-a-dia, não se consegue materializar, concretizar essa divisão. Isso gera automaticamente a triste constatação de que a educação professada nas escolas, em grande medida, perde-se no vazio pela ausência dessa compreensão, ou seja, o reconhecimento que as propostas curriculares devem contemplar às múltiplas necessidades humanas.

De acordo com Nogueira (2001, p.42):

A ideia de sujeito integral deveria nos levar a conceber um conjunto de áreas, em que a cognição é apenas parte deste todo. A aprendizagem experenciada, com interação ao meio, partindo do simples para o complexo, provocadora de desafios, visando a resolução de problemas, etc. não pode ser restrita apenas à cognição. Como qualquer outra aprendizagem deve expandir-se também para as áreas motoras, afetiva, social, etc.


A partir desse fundamento negligenciar o caráter plural que a educação e em particular a leitura deve ter é andar na contra-mão de uma educação que se deseja ser plena, que veja o educando como um ser global.